Ontem despedimo-nos de 2016, no entanto, não me sinto a viver 2017, não ainda. Deixei muito por fazer, muito por dizer, coisas essenciais que provavelmente deveriam ter sido feitas e ditas, mas não foram e não me vou marterizar com isso.
Decidi fazer este post como se ainda estivesse em 2016, como se fosse o post final de 2016 porque sinto que me faltou algo para me despedir definitivamente deste ano e seguir em frente! Como toda a gente ontem disse que dia 31 de dezembro de 2016 seria a "Page 366 of 366", devo dizer que ontem não a escrevi, deixei-a em branco e vou completá-la agora.
O que melhor para fechar 2016 que rever e explicar o meu ano a partir de 12 músicas que definiram o meu ano, mas antes, clarifico que só o faço porque a música foi a única que ficou aqui para mim e que definiu e acompanhou tudo o que senti ao longo dos 366 dias.
Janeiro foi marcado pela minha ansiedade a ser descoberta, os meus ataques de pânico todos os dias, esta música foi ouvida por mim neste mês. Esta música dá força logo pelo seu ritmo, mas quando se junta a música tão inspiradora, o resultado é apenas fabuloso. Eu ouvi isto de forma a dizer que não importava o que aconteceria eu iria levantar-me sempre, porque sempre dei a volta, e eu ia lutar até não aguentar mais, e de certa forma... foi o que fiz!
Fevereiro... os meus amigos começaram a deixar-me de parte, alguns pais chamavam maluca e isso doía-me porque aquelas pessoas estavam a ir embora em vez de me ajudar... Isso... deixou-me ainda mais em baixo...
Em Março, quase não apareci nas aulas, apesar de em Janeiro e Fevereiro também não o ter feito lá muito frequentemente, deixei de ir e quando ia ficava raramente porque me mandavam embora. Nesse mês encaminharam-me para uma pedo-psiquiatra e eu comecei a tomar Fluoxetinas, que para quem não sabe, são anti-depressivos. Comecei a esquecer quem eu alguma vez fui, deixei de ser eu, pouco a pouco, não tudo de uma vez, foi lentamente acontecendo...
Abril... foi o mês em que cumpri 14 anos, os que eram supostos serem uns belos 14 anos...
Eu comecei a ouvir esta música porque comecei a ser mesmo, mesmo, mesmo deixada para trás, arrisco-me a dizer que já não tinha amigos nenhuns, foi neste mês que conheci o meu irmão e a minha cunhada, ajudaram-me sempre e foram mesmo os únicos que cá estiveram para ouvir-me. Neste mesmo mês fizeram-me acreditar que ninguém nunca ia gostar de mim e que ninguém gostava de mim, chorei muito mesmo... no fundo, eu queria sentir-me amada por alguém, um amigo, um namorado, alguém e eu não sentia isso...
Em Maio eu deixei de pensar por mim, eu desisti mesmo. O meu espírito crítico deixou de existir, mesmo para escolher roupa, eu não ficava entusiasmada com nada, chorava imenso e não fui às aulas, mais uma vez...
Eu passei a ouvir esta música porque lembro que a única coisa em que eu realmente pensava era como seria se eu morresse, eu inclusive não sabia como é que isto iria acabar e eu queria parar, mas não conseguia.
Junho chegou e eu fiz tanta asneira, eu queria tanto ser uma miúda normal, eu queria tanto ter alguém como elas todas, eu queria tanto viver o que elas viviam que me vendi, vendi-me por tudo isso e foi um erro tão grande, eu fiz tanta coisa estúpida que a única coisa que consegui foi mais pena! Eu não aguentei fiquei mal de vez, pirei, e foi aí que houveram mais medicações, e essas deixavam-me sem pensar, mal acabaram as aulas... os meus pais mandaram-me para o Alentejo com as medicações a pensar que eu ficaria melhor, mas eu não tomava a medicação porque queria continuar a poder pensar, o ambiente era bom eu estava longe de tudo o que me fez mal, mas ainda assim as memórias existiam, no entanto, eu continuava viva eu estava de pé o suficiente para continuar e foi o que fiz!
Em Julho eu comecei a conseguir deixar um pouco do resto tudo para trás, comecei a libertar-me da maldita depressão e um dia percebi que realmente eu até podia ser bonita, foi um mês em que tentei mentalizar-me disso, apesar de não acreditar muito nisso.
Em Agosto... gostei de um rapaz e como correu? Como sempre, ele brincou com os meus sentimentos, o que realmente me fez achar que o que aquelas pessoas que nem deveriam ser consideradas seres humanos era verdade.
Em Setembro para além de ter ido para uma psicóloga, que continuo a frequentar, resolvi estar a ouvir esta música para me dar a esperança de que eu ia ser amada, e acabou por me ajudar, bastante!
Outubro... problemas com a minha aparência ainda mais elevados, esta música reflete tudo o que eu senti e ainda sinto, tudo o que eu fiz, inclusive.
Em Novembro eu ouvi muito esta música porque me ajudava a continuar bem, dava força e tudo o que dizia era verdade e isso ajuda, acreditem que sim!
Dezembro... foi o melhor mês do ano, eu andei muito lovely este mês, como é óbvio pela música, definitivamente isto foi o que senti em dezembro.
E agora sim, posso dizer que finalmente, eu fechei 2016, e com certeza, espero que 2017 seja muito melhor.
Eu não sei se já contei, mas eu adoro o mar, muitas vezes acalma-me e quando olho para ele identifico-me um bocado em certas ocasiões, nomeadamente com o meu estado de espírito.
Dançar que nem uma maluca
Eu adoro dançar que nem uma maluca porque me rio de mim mesma (apesar de não me ver) também me divirto imenso!
Estar com amigos
É sempre a rir, damo-nos bem e confiamos uns nos outros. Uma vez numa conversa com a BF, um dos meus amigos parecia que me estava a matar, mas no fundo só me estava a agarrar com muita força. E quando nos dá para provocações é de partir a rir, posso chatear-me um bocado com eles, mas sei eu adoro-os e sei que é recíproco!
Falar com as minhas amigas virtuais
Posso não estar com elas pessoalmente e não as conhecer mas eu adoro falar com elas, são tipo as melhores de sempre, e dou-me melhor com elas que com certa gente!
Passear sozinha
Adoro este momento do dia, aquele em que reflito sobre o que se passou, um momento só meu e de mais ninguém, ao contrário de muita gente, eu gosto de estar sozinha, de vez em quando é a melhor terapia de sempre e cura bastantes feridas, porque quando estamos sozinhos estamos em silêncio, e isso que sem dúvida é a melhor terapia (por vezes).
Ver as reações dos meus pais
Eu não sei quanto a vocês, mas eu acho que os pais são aqueles seres que têm mais de mil milhões de facetas e que as fazem dependendo da situação, por isso eu gosto de ver as reações dos meus pais aos meus comentários, por vezes são um pouco inapropriadas e por outras são hilariantes! Também aquelas vezes que são de ficar assim:
Escrever aqui
É algo que me deixa feliz, faço-o porque gosto e espero que o dia em que deixe de ter essa felicidade nunca chegue, e se chegar que não seja num futuro próximo.
Antes que me perguntem, não, eu não vou mudar de blog ou coisas assim, simplesmente vou fazer algumas alterações e acrescentar umas coisas. Por isso vamos lá contar tudo!
Bem, vou mudar o endereço do blog e o nome do blog e vai passar a ser "Black and White Life", por isso no dia de Reis vou mudar o blog, ou seja, vai ser oficialmente o dia do novo começo.
Entretanto eu vou alterar um bocado as rubricas, mas isso é outra conversa! Outra coisa que vai surgir de nova é que vou fazer entrevistas, todas as semanas vou ver se faço uma entrevista a um/uma blogger que me segue.
Eu não sei o que posso fazer mais (por agora), portanto vou fazendo e quando surgirem mais ideias logo se vê o que se pode fazer com elas!
Hi everybody! Eu ainda não acredito que é 2016, é tão estranho, não acham?
Bem, desejo-vos um bom 2016 e que seja tão ou melhor que o ano passado! E o mais importante aproveitem e façam o que vos dá na gana porque a vida é curta, por isso temos de aproveitá-la!
Deitando agora o Natal para trás das costas, vem a próxima fase, a Passagem de Ano.
Para muita gente, a Passagem de Ano não significa nada, e eu acho que não é bem assim.
Eu acho que enquanto crianças a Passagem de Ano não tem grande significado para nós porque não se faz nada, enquanto que no Natal nos divertimos com a família toda e recebemos prendas, na Passagem de Ano ficamos em casa a fazer nada, apenas se faz a contagem, e muitas crianças nem há meia-noite conseguem chegar acordadas.
No entanto quando crescemos o caso muda de figura, a Passagem de Ano acaba por começar a ser mais divertida porque começamos a ficar acordados até mais tarde, e vamos sair com os nossos amigos, ou seja, no fundo, é uma festa não de família mas sim de amigos.
Lembro-me que quando era pequena não queria que o Natal passasse porque não gostava muito da Passagem de Ano, neste momento é muito o retroverso da medalha, eu não me importo que o Natal passe porque quero que a Passagem de Ano volte.
Mal posso esperar por poder ir passar a Passagem de Ano com os meus amigos, fazíamos uma festa e ia ser muito mais divertido!
Uma adolescente com os seus consistentes 15 anos que sobrevive às adversidades do dia a dia, acompanhada do seu blog, onde conta as suas peripécias e aventuras.
Estudante de secundário durante o dia, blogger durante a noite. Uma apaixonada pela escrita de todo o tamanho. Pensadora nata. Eterna sonhadora.
Para muitos um livro aberto, para outros um mistério por resolver.
Intrigado? Fica por estes lados e talvez desvendes o mistério.
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