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Lost in a Cloud

Be simple. Be original. Be yourself.

Lost in a Cloud

Be simple. Be original. Be yourself.

As crianças crescem cada vez mais rápido

Sou adolescente, é verdade, no entanto, eu tenho olhos na cara e gosto de observar o mundo à minha volta. Cresci a ouvir miúdas de 16 anos dizerem-me que nós cresciamos muito depressa, demasiado depressa, aliás. Nunca consegui compreender o que se queria dizer, porque é que raio eu cresci demasiado depressa?

Finalmente, depois de uns anos (quatro anos), eu consigo compreender o que elas me queriam dizer. Eu não tenho 16 anos, tenho 14, mas a realidade é que tudo o que eu achei que fosse demais não é.

Eu sou adolescente, tenho as hormonas aos saltos e a ferver (como todas as adolescentes, ou quase todas), sou rebelde, quero fazer tudo o que me apetece sem ligar minimamente ao que os outros pensam, não confundam rebeldia com delinquência, porque não é. Eu sou educada com as pessoas, a menos que elas não o sejam comigo, aí esqueçam.

No entanto, eu olho para amigas minhas mais novas e elas falam de coisas que eu falo agora, não falo de miúdas com 13 anos, mas de idades abaixo dos 13. Eu na altura sabia que existiam, mas não falava. 

Basta olhar para dentro de casa, a minha irmã. Ela tem 8 anos (quer dizer, é o último dia dela com 8, por isso vamos considerar que tem 9), veste roupas que eu própria não visto, quer usar roupa como eu uso, quer-se maquilhar, quer fazer tudo o que eu faço. Ela não quer que mandem nela, ela é a única que sabe, e eu ponho-me a pensar que agora as crianças crescem demasiado rápido.

Com 8 anos eu andava a dançar e a saltar à corda, fazia castelos de areia, usava franjinha e fazia totós e trancinhas, hoje (é como quem diz), eu vou buscá-la à escola e vejo miúdas da idade dela e mais novas a usarem tops, andarem com o cabelo todo liso, umas unhas enormes e todas arranjadas, uns microcalções, que são tão curtos que até eu tenho cuecas que tapam mais que aquilo, vejo miúdas assim.

Eu pergunto-me como é que é possível as coisas estarem assim, miúdas mais novas que eu a andarem a comer rapazes mais velhos, a esfregarem-se neles, é tudo uma corrida para ver quem perde a virgindade primeiro. Isto não faz sentido nenhum!

Eu sou contra tabús, sou contra tudo o que tentam tapar com paninhos quentes para ficar tudo cor-de-rosa, sou contra e ponto. Mas eu penso que isto é demais, há idade para tudo, e não faz sentido uma criança andar assim.

Este mundo está cada vez pior...

 

#18 Sweet 14: E tudo aquilo acabou

Hi people! Hoje fui a uma visita de estudo à ETAR aqui da zona (experiência a não querer ser revivida ou contada) e durante o caminho, eu e uma amiga minha estivémos a ter umas conversas mais "picantes",  e a relembrar os momentos que cada uma teve ontem enquanto estavamos mergulhadas num trabalho de matemática, fechadas na biblioteca com o grupo.

O certo foi que começamos as duas a ficar com os calores, e continuamos a falar sobre isso, até que um amigo nosso perguntou o que acontecer, contamos o que aconteceu mas sem referir com quem e ele disse-nos "Isso não são calores, são hormonas a fervilhar, a pegar fogo, é excitação". E foi nessa altura que eu parei, pensei e perguntei-me "Terá ele razão?". A visita decorreu, e à vinda para cá estávamos a falar sobre filmes e isso (incluindo cenas picantes outra vez). Foi giro, divertido e tudo mais, mas eu e o meu ex abraçamo-nos de novo e foi milagre não darmos a mão. A minha amiga diz que pode ser do clima, mas que ao mesmo tempo, pode não ser. Ai vida, era tão mais fácil ser bebé outra vez. Fiquei com uma pergunta: Deveria aproveitar ou suprimir a sensação?

 Lição de hoje: A infância e a transição da infância para a adolescência acabaram definitivamente.

Dica de hoje: Aguenta-te e sempre que preciso morde o lábio, se estiveres de calções mexe com a bainha e se estiveres pressiona a unha nos dedos, ajuda e muito.

 

#17 Sweet 14: A adolescência é confusa

Hi people! Eu não pude ir vir aqui nos últimos tempos, porque o site não conseguia ser aberto, mas agora já está tudo bem! Eu vou continuar com esta nossa rubrica, cá vai mais um episódio que me deu a volta ao cérebro que nem eu sei o que retirei daqui ao certo.

Hoje de tarde fui para a biblioteca fazer um trabalho de matemática (pois é, nem na minha tarde livre tenho paz e sossego), pensei que fosse ser grande seca, mas nem por isso. Éramos três grupos a fazer o trabalho, mas na realidade só fizemos um trabalho porque nos estivemos todos a ajudar uns aos outros.

O certo é que enquanto não chegava a minha vez, eu estava com o meu ex (o da coreografia que nunca chegou a ser feita porque foi cancelada e porque eu faltei no dia da avaliação) a conversarmos e finalmente está tudo mesmo em pratos limpos, acabamos a conversa com um abraço. Entretanto estivemos a conversar mais um bocado, e quando fui eu a ter de ir, como era muita gente eu tive de ficar de pé a escrever, aquilo estava a fazer-me mesmo doer as costas, e ele volta-se e começa a fazer-me uma massagem (estava mesmo bom), eu lá arranjei lugar mas cheguei a um ponto que estava com uma dor no pescoço desgraçada, ele viu-me a mexer no pescoço e começou a fazer-me uma massagem outra vez, e ficamos assim, até que ele se aproxima de mim quase ao meu ouvido e me sussura "Está bom assim? Estás melhor?", o que me fez arrepiar completamente, mas tentei esconder a sensação e respondi-lhe que sim, e que ele podia continuar e ficamos assim.

Quando mais alguns foram embora ele sentou-se ao meu lado, e de repente abraçou-me de lado e eu fiz o mesmo e juntamos as cabeças, passado um bocado ele deu-me um beijo na bochecha e eu retribuí-lhe. Deu-me a mão, eu fiquei mesmo contrangida ao início, mas no fim das contas ficamos assim durante imenso tempo e ele deu-me um beijo na testa, tal como eu. E ficamos assim nos beijos na testa, cara e cabeça, abraçados ou de mãos dadas com as cabeças juntas, tudo muito bem até que de repente ele me põe a mão na perna e me fez carícias por lá, eu juro que nunca me senti assim. 

Eu não só nunca me senti assim, como nunca me portei assim com ninguém (exceto a parte dos abraços e dos beijos na cabeça com o meu irmão) e nunca deixei que houvesse muito contacto, além de que, nem quando namorávamos ele me tratava assim, foi tão esquisito. O certo é que eu gostei e queria repetir, sinto-me esquisita.

 Lição de hoje: A adolescência é confusa e complicada.

Dica de hoje: Deixa-te levar pela corrente.

Eu afastei-me de tudo e de todos...

Olá! Sim, hoje venho sem estrangeirismos esquisitos que nem sequer foram adotados pela língua oficial, mas apenas por mim.

Não aparecia por estas bandas há 10 dias porque... honestamente é algo que até eu tenho alguma dificuldade de responder. Há muitas coisas a acontecer, eu já não escrevia da mesma maneira e tudo era mais do mesmo, toda a gente sabe disso e só não se deu conta disso quem não quis.

Ando doente, não só físicamente, mas talvez também mentalmente, aliás eu não ando doente, eu não estou doente, provavelmente eu sou doente.

Todos me dizem que é da adolescência, das hormonas, da gravidez e outros ainda dizem que é só uma fase, mas não é, e o pior é que eles sabem. Não é porque ando assim que a culpa é da adolescência, não podem culpar aquela que devia ser a melhor altura da minha vida por todos os males que por ela passo. Hormonas é só uma desculpa clássica que toda a gente inventa para explicar factos inexplicáveis. Gravidez? Mas que gravidez malta? Não existe gravidez nenhuma, mas eu já nem ligo, limito-me a assentir e que cada um acredite no que quiser. Uma fase? Desde que me lembro, cerca de 10 anos com a mesma fase? Acho que  é demasiado tempo para apenas ser uma "pequena fase".

Eu afastei-me de todos por uma simples razão que vai ser algo muito triste de admitir. Eu não gosto de mim. Pode soar mal e ser triste, mas a verdade é essa, aqui está ela nua e crua, há espera que lhe deia uma hipótese de também ela poder intervir. Toda a gente me faz soar melhor que o que eu realmente sou, são amigas a dizerem que são fantástica, colegas a dizer que adoravam ter o que eu tenho e ser como eu, os meus pais a dizer que eu sou um orgulho, e por fim há as leitoras e os leitores que comentam os meus posts. Falam de mim como se eu fosse uma pessoa espantosa, mas não sou, aquela pessoa não sou eu. Eu não sou a pessoa genuína, filosófica e inspiradora que toda a gente pinta, não sou a pessoa que fala tão bem como todos dizem, ou talvez seja, porque visto que é esse o retrato que idealizam de mim.

Eu sou um ser humano detestável, todos dizem que sou boa pessoa e que se o que estou a fazer e o que fiz é para o bem dos demais, mas não. Sou a "boa da fita" até quando começo a ser a vilã da história. Não há heróis, e como tal eu não sou uma heroína, aquela que todos querem e conseguem ver, não fui, não sou, e nunca serei.

O que me estão a "pedir-me" para fazer é horrível e digno de um ser verdadeiramente detestável. O que lhes falta é compreensão e também alguém que lhes diga "Parem! Ela não é uma heroína, ela tem 13 anos! Ela não é a Tris, nem a Katniss, nem a Cassie, ela é apenas ela!". Nunca tentaram por-se no meu lugar e compreender que eu nunca pedi nada disto, que a única coisa que queria era ter os meus amigos de volta, assim como a minha antiga vida, e também queria apenas que os jogos de manipulação e esta guerra fria acabassem, que não fosse necessário fazer o que estamos a fazer agora!

Eu sei que para quem viu os "The Hunger Games" eu pareço a Katniss a falar, neste caso a escrever, mas é verdade o que está a acontecer na minha vida! Eu sempre pensei que os filmes fossem filmes e que fossem situações impraticáveis por seres ditos "comuns", sem qualquer importância para os que estão no topo da pirâmide, mas enganei-me.

Eu vou precisar de continuar e eu vou lutar e recuperar tudo outra vez, por todos os que têm de ser livres de pensar e fazerem o que querem sem serem completamente manipulados. Mas custa demasiado, eu não consigo assimilar a ideia de que vou fazer algo que vai prejudicar uma pessoa da mesma forma que me prejudicou a mim. Sinto-me hipócrita ao partilhar isto com toda a gente e mesmo assim continuar a fazê-lo. O pior é que sei que vou voltar a levar uma facada nas costas, não são aqueles que estão de acordo com a luta que são meus amigos, eles manipulam-me e eu sou uma espécie de "arma" a favor. Sou uma peça mais no meio disto tudo. Uma nuvem mais no céu. Uma onda mais no mar. Uma gota de chuva no piso encharcado. Um raio de sol no meio de tantos. Uma miúda no meio de tantas. Eu sinto isso, os meus olhos já não brilham tanto como antes, assim como o sorriso já não é tão sincero.

O meu nome é Isabela Oliveira, tenho 13 anos, vivo em Portugal. Tiraram-me tudo, mas eu ainda estou de pé, apesar de estar quase a cair, de já estar de joelhos dobrados e completamente desorientada, eu estou de pé.

 

 

 

 

A idade muda a personalidade e a mentalidade de uma forma avassaladora

Durante esta minha vida fui aprendendo algumas coisas, nomeadamente que nós mudamos. Pessoas mudam pessoas, a idade muda as pessoas e o tempo acaba por mudar a nossa mentalidade e personalidade, isso aconteceu não só comigo, mas acho que com toda a gente.

Chega a uma altura em que deixamos de gostar do que gostávamos até à data. Agora falando por mim, eu cresci demasiado rápido e demasiado lentamente ao mesmo tempo.

Há cerca de quatro anos eu estava a passar por uma fase de indignação, todo o tipo de ato que era considerado irresposável e desobediente era, pelo menos para mim, algo verdadeiramente abusador e a meu ver eu nunca seria assim. Eu fazia tudo o que era suposto fazer, não tinha personalidade alguma, não gostava de ver filmes de mundo completamente apocalipsícos ou coisas do género. Séries? Disney e Canal Panda (sim eu ainda via o Canal Panda).

Via novelas, isso era o certo, via as novelas da noite, apenas a primeira e depois ia deitar-me porque era muito tarde e os meus pais assim haviam definido.

Nessas novelas é claro que haviam, como em todas as novelas, adolescentes inconscientes que respondiam mal, se baldavam às aulas e tudo mais, e desses, eu não era grande fã porque eles tinham maus comportamentos, que a meu ver eu nunca ia ter.

O certo é que agora, com quase 14 anos eu quando revejo todas essas personagens e vejo novas novelas com essas personagens me identifico. Para mim o responder mal aos pais não é tanto por aí, também sou inconsciente (daí os meus amigos terem ideias daquelas sobre mim), e o baldar às aulas já o fiz umas vezes.

Os calções curtos para mim eram algo que eu não apoiava, as calças de ganga de todas as cores e justinhas para mim não faziam sentido nem parte do vestuário, neste momento não tenho problemas em usá-las, tornaram-se as minhas favoritas!

Há músicas que eu não gostava, talvez porque não percebia a letras e agora adoro-as! Pintar os olhos era impensável nessa altura porque me diziam que não podia fazer isso, agora eu pinto-os tantas vezes!

Rapazes é um assunto que eu não podia passar ao lado, eu adorava betinhos, meninos responsáveis e tudo mais, agora pelo contrário, acho-os desinteressantes, dou-me melhor com rapazes mais velhos e mais inconscientes que vivam apenas a vida sem pensar muito, são esses o tipo de rapazes que acho interessantes.

Em síntese, a minha mentalidade mudou TANTO e a minha personalidade também, deixei de gostar de certas coisas e passei a gostar do que não suportava e detestava no passado, não sou a mesma e gosto disso.

Quem mais sente que mudou imenso ao longo dos tempos?

 

O que dizem os stores sobre dar aulas a um 3º ciclo

Bem, este é o meu 2º ano de 3º ciclo, daqui a bocado entro no Secundário e nem dei conta disso, ams pronto continuando venho falar por todos os stores que dão aulas quer na pública quer na privada, todos são da mesma opinião!

Eles dizem que "pegam" em nós no 7º ano e que nessa altura nós obviamente temos os nossos momento de distração, mas que manobrar um 7º ano é extremamente fácil, ou por outras palavras mais humildes, não é tão desgastante como manobrar um 8º ano.

Quando chegamos ao 8º ano os stores dizem que encontram alunos mais altos, mais crescidos, na típica "idade do armário" e na puberdade, ou seja, encontram alunos complicados. Não prestam atenção nas aulas, enquanto os stores falam os alunos "dormem" e de certa forma chegam a fazer o que querem. Segundo eles, e felizmente, nós chegamos ao 9º ano e estabilizamos outra vez ou então não, pessoas como eu é pouco provável que deixem de ser como são agora, imaturas e segundo eles, para dar aulas a um 8º ano é preciso ser firme, se não das duas uma, ou nós fazemos o que queremos na aula e fazemos o que queremos deles, ou nós revoltamo-nos contra eles e as coisas podem não dar certo.

De vez em quando eu chego a ter pena dos meus stores, gastam tempo e energia comigo e eu estou-me a marimbar para o que eles dizem, além de que ter de olhar para a minha cara e aturar-me todos os dias não é propriamente fácil!

Quem é professor compreende o que eu disse aqui acima, e ao contrário do uqe todos pensam, sim eu tenho noção que tenho um feitio complicado e não sou a pessoa mais fácil de lidar!

Quem está deste lado?

Uma adolescente com os seus consistentes 15 anos que sobrevive às adversidades do dia a dia, acompanhada do seu blog, onde conta as suas peripécias e aventuras.

Estudante de secundário durante o dia, blogger durante a noite. Uma apaixonada pela escrita de todo o tamanho. Pensadora nata. Eterna sonhadora.

Para muitos um livro aberto, para outros um mistério por resolver.

Intrigado? Fica por estes lados e talvez desvendes o mistério.

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