Ela é linda
Mais uma vez surpreendi-me com as pessoas por aqui, a conclusão qe tirei delas é que precisam urgentemente de óculos bem graduados, e no caso de já os terem, irem ver porque não é suficiente a graduação.
Não me acho uma pessoa bonita, apesar de nem todos à minha volta serem da mesma opinião, por exemplo, tenho amigos e amigas minhas que dizem que sou bonita, por outro lado na escola sou considerada feia.
Não estou acostumada de todo, a que as pessoas digam que eu sou bonita, mas no momento em que entrei naquele local, só ouvia pessoas a dizerem que eu era linda e que era bonita e que tinha bom gosto e tudo mais.
Eu não me considero nenhuma das coisas, não me sinto nada daquilo que disseram que era. Gente a admirar a roupa que eu levava, fiquei deveras confusa com toda esta adoração por mim.
No fundo senti-me um bocado observada, por dançar daquela forma, por falar daquela forma, por outro lado senti-me algo que não me sentia há muito, muito tempo: fascinante.
As pessoas pareciam observar-me pelas atitudes que tinha, o facto de ter ido lidar com uma criança, de ter dançado com ele (neste caso era um rapaz com uma doença), o facto de não o ter ignorado e de o ter olhado de lado, senti-me uma pessoa fascinante por alguns momentos. A minha dança, a minha conversa, o meu espírito, senti que as pessoas se fascinavam.
No entanto, houve coisas que me chamaram à atenção, e uma delas foi o facto e a forma como eu olhava para as pessoas. Eu sou conhecida por ter um olhar penetrante, eu olho para as pessoas de uma forma diferente. Muitos dizem que o meu olhar intimida por eu olhar nos olhos das pessoas fixamente como se pudesse ler-lhes a alma, e ainda por cima os meus olhos são escuros.
Não sei se é por esse motivo que toda a gente olha para mim, se prestam atenção, não faço mínima ideia, só digo que discordo completamente.