Hoje pela manhãzinha senti a pior sensação de sempre, cheguei a entrar em choque, não me mexia, quase chorava.
Estou acordada desde as 06:30 da manhã e apesar de querer voltar a dormir outra vez, não consigo, especialmente porque quando fecho os olhos vejo aquela imagem: a imagem da minha irmã a cair da cama e eu não poder fazer nada. Estou a tentar esquecer, mas mal olho para ela, o estado em que se encontra relembra-me que se eu tivesse tido mais cuidado, se eu a tivesse puxado, se eu tivesse reagido mais depressa ela não estava assim.
Ela caiu por volta destas horas, eu estava acordada e quase a adormecer quando sinto o lençol ser puxado, olho para o lado e só a vejo cair e chorar a seguir, fiquei desesperada, tentei ligar a luz, mas não dava com o interruptor. A minha mãe chega a correr ao quarto, vai ter com ela, eu fico em cima da cama, a olhar para ela e a pensar num mau cenário, já que ela é extreamamente frágil, e não é exagero.
A minha mãe olha para ela e é aí que uma das minhas maiores preocupações se realiza, ela começou a sangrar, eu fiquei em choque, quando ela rachou a testa fui eu que soube agir, mas no momento eu não fiz nada, a minha mãe encarregou-se disso.
Fiquei com medo que fosse alguma coisa num olho, mas não, no meio do mal todo, houve uma coisa boa, foi na sobrancelha e no queixo, e é lá que as marcas estão com o sangue milagrosamente estancado e seco, já que não tínhamos nada para fazer o curativo (eu percebo destas coisas, da testa fui eu que lhe lavei e desinfetei, mas ela teve mesmo que ir ao hospital), a minha mãe foi para a beira dela, o sangue não estancava, eu fiquei no quarto deles com o meu pai, e deixei escapar lágrimas, nunca mais conseguimos dormir.
Ela está sorridente, está a jogar consola, o essencial é que ela não adormeça nas próximas horas, para todos os efeitos foi um traumatismo craniano, é preciso ter atenção. Tento não me culpar, como disse o meu pai "Foi um acidente, ninguém tem culpa, tu não podias ter feito nada!", mas é inevitável mal olho para ela, a sobrancelha esquerda e loirinha está vermelha e o queixo com marcas de sangue.
Estou a morrer de sono, já me levantei, tomei o pequeno-almoço, estou arranjada e pronta para sair, mas não consigo dormir, tenho medo que a qualquer momento as coisas com ela deiam para o torto, dá-me logo ansiedade.
Mas há que pensar que ela está e vai ficar sempre bem, está tudo bem, ela não vai precisar de ir a Castro, ela vai ficar bem, já não chora, ri, joga consola, faz a festa, lança os foguetes e apanha as canas.
Por último queria comunicar às mães do Sapo Blogs que percebo finalmente a angústia, e queria perguntar se sabem alguma coisa sobre isto por experiência própria, e se sim, se lhe pode acontecer alguma coisa muito má.
Por último peço desculpas por ter vindo aqui descarregar o problema, mas eu não aguento a angústia, e quiçá, vocês não haja ninguém que está a passar ou já passou pelo mesmo.
Hoje estava a ler o blog do Moralez fez um post sobre as experiências à chuva e eu comentei as minhas, entretanto ele e a FatiaMor responderam-me e pareceu-me que ficaram interessados (pelo menos a FatiaMor que diz que ficou com a sua veia curiosa à espreita). Quando li os comentários vi que o Moralez tinha dito que um post sobre isto não era má ideia, e por isso lembrei-me de não só lhes responder a eles, como contar a toda a gente.
Bem, antes que comecem a pensar e a imaginar coisas, gente que me seguia do blog anterior, não foi um dos meus episódios cómicos ou mesmo embaraçosos, este foi um momento sério.
A primeira experiência foi há uns tempos, eu tinha um namorado e nós éramos tipo o "casal maravilha" da turma, nunca discutiamos nem ficávamos muito sempre sem falar. No entanto, quando se deu a mudança de ciclo, eu notei que ele estava estranho e já não era a mesma coisa. Sempre que lhe falava ele parecia que fugia e se lhe pedisse para falarmos sentia que ele me evitava. A certa altura eu tentei saber por fora, ou seja, falei com todos os amigos dele, menos com o melhor amigo (que eu não suportava por nada deste mundo). Ninguém sabia de nada (ou se sabiam eram fiéis ao amigo e não me disseram nada devido à fidelidade, se assim foi, não os vou culpar nem "condenar", eu faria o mesmo por uma amiga), por fim tive de recorrer ao melhor amigo dele e depois de muito "apertar" com ele, lá me disse que a verdade é que ele tinha outra no Hip-Hop e que andava com as duas ao mesmo tempo. Eu fiquei destroçada e nesse dia chovia a cantaros, e ao contrário do que devem estar a pensar eu não chorei, a vontade era enorme mas eu fiz-me forte, chorar por um rapaz não era sequer uma opção a ponderar.
Passado uns tempos, uns anos já não me lembro exatamente quantos, eu vim a descobrir que tinha vivido uma mentira durante imenso tempo, ainda por cima foi em viagem. Lembro-me como se fosse eu ouvi da própria boca do rapaz, que o meu ex-namorado afinal não me traía, depois no autocarro ainda me veio com falinhas mansas e veio sentar-se ao meu lado, nesse dia não falei com mais ninguém, a não ser com mais um amigo meu e foi por mensagem. Quando parámos na estação de serviço ele veio atrás de mim outra vez e eu só me lembro de pegar na minha mochila e sair à chuva sem casaco nem nada do género e correr para o despistar, entretanto entrei dentro da estação de serviço e tranquei-me numa das cabines da casa de banho e deslizei por ela abaixo até ficar sentada e depois chorei sozinha. Entretanto saí, recompus-me e para verem, apanhei tanta chuva que escorri o cabelo para o lavatório e parecia que tinha tomado banho!
Como é que as coisas acabaram? Comigo aos gritos e a chorar que sem uma desesperada enquanto lhe pregava estaladas, caneladas e etc. e pior é que ele ainda achava que tinha razão!
Estas foram as minhas duas experiências à chuva mais marcantes, com uma história triste, mas acho que me fez crescer um bocado e a ser mais desconfiada e não confiar tanto nas pessoas. A pior parte é que depois mesmo sendo amigos, sempre me senti um bocado mal por não ter acreditado nele e por ter acabado com ele por uma coisa que era falsa. A nossa amizade, acho que ainda hoje, está um bocado minada por causa dessa situação.
Uma adolescente com os seus consistentes 15 anos que sobrevive às adversidades do dia a dia, acompanhada do seu blog, onde conta as suas peripécias e aventuras.
Estudante de secundário durante o dia, blogger durante a noite. Uma apaixonada pela escrita de todo o tamanho. Pensadora nata. Eterna sonhadora.
Para muitos um livro aberto, para outros um mistério por resolver.
Intrigado? Fica por estes lados e talvez desvendes o mistério.
Apresentação Visual
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.