Eu resolvi voltar com um dos meus balanços filosóficos que não interessam a ninguém, mas com que certamente muita gente se vai identificar.
Quando criei este blog não era a Bella, mas a Riley, isso já todos sabem e já ouviram falar. Na altura eu queria recomeçar, ganhar tudo do zero e por mérito próprio, já que da outra vez tive umas ajudas em que falavam do meu blog, pessoalmente agora que olho para a situação não acho correto, o certo, é que não sei bem como, mas fui ganhando subscritores, visualizações e comentários, o que para mim foi algo muito estranho, já que eu tinha acabado de começar, não tinha falado com ninguém, fiz tudo sozinha, conquistei tudo sozinha (ok, eu tive a minha melhor amiga a ajudar-me e a recomendar-me blogs de que ela gostava para eu subscrever, mas mesmo assim, o resto foi tudo da minha autoria, se bem que tive alguns feedbacks dela), e isso para mim foi algo que nunca percebi bem porque e como aconteceu, foi tão rápido!
Cerca de quase dois meses depois eu tinha uma quantidade de subscritores considerável e satisfatória, uma quantidade de visualizações interessante e uma quantidade de comentários incrível, já que da última vez para atingir um certo número demorou imenso tempo, o que me deixava feliz, eu ganhei um destaque!
Ainda assim acho que tudo aconteceu muito, muito cedo, eu acho que demasiado cedo, para uma blogger recém-chegada para todos os efeitos, eu cresci muito rápido aqui dentro, e talvez esse tenha sido o problema. Eu acho que até ao Ano Novo eu fui uma rapariga que esteve completamente em alta, acho que foi a minha fase em alta.
No entanto, eu fui renunciar à pessoa imaginária que criei e anunciar a minha verdadeira identidade, o que foi muito triste e uma espécie de tiro no escudo, já que a Riley era uma rapariga que demonstrava ter tido problemas no passado, mas ter uma vida meia que "perfeita", sem problemas, preocupações, aquilo que eu realmente queria ser e não era. Assim que me revelei os problemas começaram a aparecer, deixei de vir aqui escrever com tanta frequência e fiquei em baixo, apesar de ter algumas subidas, eu acho que eu ainda estou na fase baixa.
Eu acho que é normal na vida de um blogger, todos temos as nossas limitações, os nossos problemas, os nossos projetos, tudo. Eu pessoalmente, amo escrever aqui e não me imagino a deixar, no entanto, quando falo com pessoas que deixaram os blogs dizem-me que é assim que tudo começa, desmotivação, despreocupação, problemas, deixar de escrever tanto, de ler tanto, de comentar tanto, dizem que é assim que tudo começa e eu acredito nisso, no entanto não planeio sair, não quero.
Sou uma miúda aspirante a Letras, adoro essa área, nunca a vou seguir, planeio seguir Medicina, mas de vez em quando sinto que posso ter esse escape aqui, seguir a minha área de Letras. Ultimamente não me preocupo muito com o tema do post, mas na maneira que falo dele, na escrita que uso, quem me acompanha repara que quando falo da escola uso um vocabulário mais informal, mais calão, diferente. Quando falo de política, reviews, ou coisas assim tento usar outro tipo de linguagem acessível, mas ao mesmo tempo mais cuidada. Eu acho que referir-me a este texto como um post é errado, por isso descrevo-o como artigo.
Este artigo é diferente porque ao contrário de tantos outros que escrevo, reflete o que é ser blogger, não é fazer posts. Um artigo é editado, eu faço posts, mas também faço artigos, este é um artigo, diferente, bem escrito, com o qual muitos se podem identificar.
Eu estou numa fase em que estou em baixo, e este verão quero voltar a crescer e parar de desiludir, sinto que desiludi muita gente, e uma das pessoas que mais desiludi, fui eu própria. Eu acho que se nós não temos orgulho no nosso trabalho nunca, em momento algum, alguém o vai acompanhar e gostar dele.
Estou a voltar, desta vez lentamente, vou saborear e viver o meu regresso ao máximo, e pode ser que num dia eu vos volte a impressionar e mostrar que sou alguém que merece tudo o que conquistou.
Em síntese, ser blogger é feito de fases. Acompanhem esta nova fase da minha jornada, isto se estiverem dispostos a isso.
Olá! Sim, hoje venho sem estrangeirismos esquisitos que nem sequer foram adotados pela língua oficial, mas apenas por mim.
Não aparecia por estas bandas há 10 dias porque... honestamente é algo que até eu tenho alguma dificuldade de responder. Há muitas coisas a acontecer, eu já não escrevia da mesma maneira e tudo era mais do mesmo, toda a gente sabe disso e só não se deu conta disso quem não quis.
Ando doente, não só físicamente, mas talvez também mentalmente, aliás eu não ando doente, eu não estou doente, provavelmente eu sou doente.
Todos me dizem que é da adolescência, das hormonas, da gravidez e outros ainda dizem que é só uma fase, mas não é, e o pior é que eles sabem. Não é porque ando assim que a culpa é da adolescência, não podem culpar aquela que devia ser a melhor altura da minha vida por todos os males que por ela passo. Hormonas é só uma desculpa clássica que toda a gente inventa para explicar factos inexplicáveis. Gravidez? Mas que gravidez malta? Não existe gravidez nenhuma, mas eu já nem ligo, limito-me a assentir e que cada um acredite no que quiser. Uma fase? Desde que me lembro, cerca de 10 anos com a mesma fase? Acho que é demasiado tempo para apenas ser uma "pequena fase".
Eu afastei-me de todos por uma simples razão que vai ser algo muito triste de admitir. Eu não gosto de mim. Pode soar mal e ser triste, mas a verdade é essa, aqui está ela nua e crua, há espera que lhe deia uma hipótese de também ela poder intervir. Toda a gente me faz soar melhor que o que eu realmente sou, são amigas a dizerem que são fantástica, colegas a dizer que adoravam ter o que eu tenho e ser como eu, os meus pais a dizer que eu sou um orgulho, e por fim há as leitoras e os leitores que comentam os meus posts. Falam de mim como se eu fosse uma pessoa espantosa, mas não sou, aquela pessoa não sou eu. Eu não sou a pessoa genuína, filosófica e inspiradora que toda a gente pinta, não sou a pessoa que fala tão bem como todos dizem, ou talvez seja, porque visto que é esse o retrato que idealizam de mim.
Eu sou um ser humano detestável, todos dizem que sou boa pessoa e que se o que estou a fazer e o que fiz é para o bem dos demais, mas não. Sou a "boa da fita" até quando começo a ser a vilã da história. Não há heróis, e como tal eu não sou uma heroína, aquela que todos querem e conseguem ver, não fui, não sou, e nunca serei.
O que me estão a "pedir-me" para fazer é horrível e digno de um ser verdadeiramente detestável. O que lhes falta é compreensão e também alguém que lhes diga "Parem! Ela não é uma heroína, ela tem 13 anos! Ela não é a Tris, nem a Katniss, nem a Cassie, ela é apenas ela!". Nunca tentaram por-se no meu lugar e compreender que eu nunca pedi nada disto, que a única coisa que queria era ter os meus amigos de volta, assim como a minha antiga vida, e também queria apenas que os jogos de manipulação e esta guerra fria acabassem, que não fosse necessário fazer o que estamos a fazer agora!
Eu sei que para quem viu os "The Hunger Games" eu pareço a Katniss a falar, neste caso a escrever, mas é verdade o que está a acontecer na minha vida! Eu sempre pensei que os filmes fossem filmes e que fossem situações impraticáveis por seres ditos "comuns", sem qualquer importância para os que estão no topo da pirâmide, mas enganei-me.
Eu vou precisar de continuar e eu vou lutar e recuperar tudo outra vez, por todos os que têm de ser livres de pensar e fazerem o que querem sem serem completamente manipulados. Mas custa demasiado, eu não consigo assimilar a ideia de que vou fazer algo que vai prejudicar uma pessoa da mesma forma que me prejudicou a mim. Sinto-me hipócrita ao partilhar isto com toda a gente e mesmo assim continuar a fazê-lo. O pior é que sei que vou voltar a levar uma facada nas costas, não são aqueles que estão de acordo com a luta que são meus amigos, eles manipulam-me e eu sou uma espécie de "arma" a favor. Sou uma peça mais no meio disto tudo. Uma nuvem mais no céu. Uma onda mais no mar. Uma gota de chuva no piso encharcado. Um raio de sol no meio de tantos. Uma miúda no meio de tantas. Eu sinto isso, os meus olhos já não brilham tanto como antes, assim como o sorriso já não é tão sincero.
O meu nome é Isabela Oliveira, tenho 13 anos, vivo em Portugal. Tiraram-me tudo, mas eu ainda estou de pé, apesar de estar quase a cair, de já estar de joelhos dobrados e completamente desorientada, eu estou de pé.
Acho que toda a gente tira fotografias por muito poucas vezes que sejam e, acho que todos sofremos do mesmo problema. Quando damos com elas das duas uma, ou temos vergonha, ou nos dá vontade de rir.
Hoje apanhei umas fotografias antigas e sinceramente invejei-me. Na altura, apesar de mais gorda e de me vestir como uma princesinha (detesto essa parte), eu tinha um cabelo lindo! Ele era tão comprido que chegava a meio das costas, fiquei com inveja e só me perguntei "Que raio é que eu bebi antes de ir ao cabeleireiro?", não faz sentido, porque é que o cortei?
O certo é que pouco falta para voltar a tê-lo por aí! O cabelo tem-me crescido tanto que daqui a pouco tenho-o abaixo do peito (perfect) e aí já posso fazer os penteados que eu quiser!
O que sentem quando olham para as vossas fotografias antigas?
Uma adolescente com os seus consistentes 15 anos que sobrevive às adversidades do dia a dia, acompanhada do seu blog, onde conta as suas peripécias e aventuras.
Estudante de secundário durante o dia, blogger durante a noite. Uma apaixonada pela escrita de todo o tamanho. Pensadora nata. Eterna sonhadora.
Para muitos um livro aberto, para outros um mistério por resolver.
Intrigado? Fica por estes lados e talvez desvendes o mistério.
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