Tu não vais morrer um dia, disso já todos sabemos, desde o dia em que nascemos que estamos mais próximos do dia em que morremos, porém nós não morremos quando o nosso coração para de bater, quando as células deixam de se renovar, quando paramos de respirar, não é nesse momento que morremos.
Podes morrer antes, eu aprendi isso. Tu morres no dia em que deixares de viver, não no dia em que os teus órgãos deixam de funcionar. Morres quando a tua alma se esvai, eu posso ter o coração a bombear o sangue, mas isso não equivale a que eu não esteja morta. Quando deixas de viver por ti e a única coisa que te mantém aqui são comprimidos anti-depressivos, comprimidos esses que te tiram o brilho do olhar e a vida toda, que apenas te deixam no controlo dos médicos e de todos os outros, comprimidos esses que te deixam inconsciente, a encarar o nada o dia inteiro. Tu ficas completamente dependente dos outros para tudo, caminhas, pensas, esperas, respiras, por vezes falas, mas no fundo, tu não és tu.
Assim que precisas que te droguem para continuares "viva", então morres, para quê continuar "viva" se não o estás? Estás apenas sob o efeito de substâncias artificias e quimicamente juntas e alteradas que supostamente te fazem ficar mais feliz, não pensas como tu mesma, porque deixas de existir.
O mesmo pode acontecer ao contrário, o teu coração pode parar de bater, o teu cérebro de comandar a situação, mas a tua alma pode permanecer e assim, tu viverás sempre.
No fundo, eu sempre quis fazer a diferença no mundo, mas neste momento, eu não quero ser especial para todo o mundo porque sei que isso é um cigarro que mata sem estar aceso, é simplesmente impossível. Tenho tanta gente neste mundo que me detesta, tenho tanta gente neste mundo que me trata com indiferença, sinceramente, eu já não quero que eles gostem de mim, não quero ser especial para eles, não quero ser especial para todo o mundo, só quero ser especial para uma pessoa.
Eu estava muito ocupada a tentar ser eu mesma para me dar conta que eu já não era eu e que a minha vida me tinha sido tirada há muito tempo, mas agora eu sei de uma coisa. A dor tem de ser sentida até ao dia em que já não deve ser sentida por não fazer sentido ser sentida.
Eu resolvi voltar com um dos meus balanços filosóficos que não interessam a ninguém, mas com que certamente muita gente se vai identificar.
Quando criei este blog não era a Bella, mas a Riley, isso já todos sabem e já ouviram falar. Na altura eu queria recomeçar, ganhar tudo do zero e por mérito próprio, já que da outra vez tive umas ajudas em que falavam do meu blog, pessoalmente agora que olho para a situação não acho correto, o certo, é que não sei bem como, mas fui ganhando subscritores, visualizações e comentários, o que para mim foi algo muito estranho, já que eu tinha acabado de começar, não tinha falado com ninguém, fiz tudo sozinha, conquistei tudo sozinha (ok, eu tive a minha melhor amiga a ajudar-me e a recomendar-me blogs de que ela gostava para eu subscrever, mas mesmo assim, o resto foi tudo da minha autoria, se bem que tive alguns feedbacks dela), e isso para mim foi algo que nunca percebi bem porque e como aconteceu, foi tão rápido!
Cerca de quase dois meses depois eu tinha uma quantidade de subscritores considerável e satisfatória, uma quantidade de visualizações interessante e uma quantidade de comentários incrível, já que da última vez para atingir um certo número demorou imenso tempo, o que me deixava feliz, eu ganhei um destaque!
Ainda assim acho que tudo aconteceu muito, muito cedo, eu acho que demasiado cedo, para uma blogger recém-chegada para todos os efeitos, eu cresci muito rápido aqui dentro, e talvez esse tenha sido o problema. Eu acho que até ao Ano Novo eu fui uma rapariga que esteve completamente em alta, acho que foi a minha fase em alta.
No entanto, eu fui renunciar à pessoa imaginária que criei e anunciar a minha verdadeira identidade, o que foi muito triste e uma espécie de tiro no escudo, já que a Riley era uma rapariga que demonstrava ter tido problemas no passado, mas ter uma vida meia que "perfeita", sem problemas, preocupações, aquilo que eu realmente queria ser e não era. Assim que me revelei os problemas começaram a aparecer, deixei de vir aqui escrever com tanta frequência e fiquei em baixo, apesar de ter algumas subidas, eu acho que eu ainda estou na fase baixa.
Eu acho que é normal na vida de um blogger, todos temos as nossas limitações, os nossos problemas, os nossos projetos, tudo. Eu pessoalmente, amo escrever aqui e não me imagino a deixar, no entanto, quando falo com pessoas que deixaram os blogs dizem-me que é assim que tudo começa, desmotivação, despreocupação, problemas, deixar de escrever tanto, de ler tanto, de comentar tanto, dizem que é assim que tudo começa e eu acredito nisso, no entanto não planeio sair, não quero.
Sou uma miúda aspirante a Letras, adoro essa área, nunca a vou seguir, planeio seguir Medicina, mas de vez em quando sinto que posso ter esse escape aqui, seguir a minha área de Letras. Ultimamente não me preocupo muito com o tema do post, mas na maneira que falo dele, na escrita que uso, quem me acompanha repara que quando falo da escola uso um vocabulário mais informal, mais calão, diferente. Quando falo de política, reviews, ou coisas assim tento usar outro tipo de linguagem acessível, mas ao mesmo tempo mais cuidada. Eu acho que referir-me a este texto como um post é errado, por isso descrevo-o como artigo.
Este artigo é diferente porque ao contrário de tantos outros que escrevo, reflete o que é ser blogger, não é fazer posts. Um artigo é editado, eu faço posts, mas também faço artigos, este é um artigo, diferente, bem escrito, com o qual muitos se podem identificar.
Eu estou numa fase em que estou em baixo, e este verão quero voltar a crescer e parar de desiludir, sinto que desiludi muita gente, e uma das pessoas que mais desiludi, fui eu própria. Eu acho que se nós não temos orgulho no nosso trabalho nunca, em momento algum, alguém o vai acompanhar e gostar dele.
Estou a voltar, desta vez lentamente, vou saborear e viver o meu regresso ao máximo, e pode ser que num dia eu vos volte a impressionar e mostrar que sou alguém que merece tudo o que conquistou.
Em síntese, ser blogger é feito de fases. Acompanhem esta nova fase da minha jornada, isto se estiverem dispostos a isso.
Uma adolescente com os seus consistentes 15 anos que sobrevive às adversidades do dia a dia, acompanhada do seu blog, onde conta as suas peripécias e aventuras.
Estudante de secundário durante o dia, blogger durante a noite. Uma apaixonada pela escrita de todo o tamanho. Pensadora nata. Eterna sonhadora.
Para muitos um livro aberto, para outros um mistério por resolver.
Intrigado? Fica por estes lados e talvez desvendes o mistério.
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