Hospital
Foi o meu dia de ontem, passei quase o dia todo nas urgências, porquê? Os meus sintomas levaram-me lá. Foi angustiante para todos, durante os meus pais diziam numa tentativa deles mesmos se convencerem de que não era nada, que era tudo psicológico.
Foi uma angústia, ninguém sabia o que era, a sala de espera cheia de crianças a chorar, vi então uma criança cancerosa, era a mais sossegada de todas, a mais interessante, apesar da sua condição ela continuava a lutar e a sorrir.
Não posso dizer que mexeu comigo e que senti pena, não senti. Senti admiração, as outras crianças por uma coisinha estavam a chorar, mas ele não estava, ele era diferente.
O certo é que relembro agora a expressão facial da minha mãe, tentava sorrir-me, mas quando eu não estava a ver (ou ela asism pensava) ela andava de um lado para o outro, sentava-se, apoiava os braços nas pernas e passava as mãos pela cabeça.
Mais tarde eles concluiram ser uma gastrointrite, apesar de não parecerem lá muito convencidos disso, mas já tinham procurado demasiado, e no momento foi o que lhes surgiu.
Lembro-me de quando me mandaram sentar para medir a tensão, essas coisas básicas, até que me pegaram num dedo me passaram um liquído e eu não sou parva, vejo isto todos os dias em casa, sei o que se seguia, elas espetaram-me logo a agulha para me medirem os níveis de açúcar no sangue, não foi nada que me assustasse muito, tenho medo de agulhas mas já estou tão habituada que já nem me custa nada!
Portanto agora fico de cama, bebo liquídos, tomo mais medicamentos, e sou obrigada a comer, é vida!